C.E.E.P.Agrícola de Campo Mourão.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ações Marcam a Semana de Prevenção à Violência no CEEPA


AÇÕES MARCAM A SEMANA DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA NO CEEPA


Importantes ações voltadas à prevenção da Violência vêm sendo realizadas no Colégio Agrícola de Campo Mourão. Entre elas, debates com os alunos e produção de textos e cartazes despertaram a reflexão e a conscientização sobre esse tema.




Debates - Na aula de Língua Portuguesa, o gênero debate foi utilizado como ferramenta para introduzir o assunto da violência e motivar os alunos a dar sua opinião, desenvolvendo a argumentação e o senso crítico. Primeiramente, foi feito um levantamento das principais formas de violência presentes na sociedade, como exploração sexual, violência à mulher, discriminação, racismo, bullying, entre outras. Pelas regras do debate, cada grupo de alunos deveria escolher um dos tipos de violência e fazer uma breve análise do mesmo, preparando uma exposição para ser feita a toda a classe.
Para esse momento, dividiu-se as turmas em dois grupos. Cada grupo deveria selecionar um membro para apresentar um parecer do assunto discutido aos demais colegas. Cada apresentação foi cronometrada em dois minutos. Em seguida, os grupos organizaram o “rebate”, ou seja, tiveram um tempo de preparação para a réplica. Nessa parte do debate eles poderiam concordar, discordar ou acrescentar alguma informação à exposição feita anteriormente.

Cartazes – Para marcar a semana, também foram produzidos cartazes contendo diversos temas relacionados à violência. Por meio da pesquisa, os alunos perceberam que a violência pode ser encontrada em diversos setores, como no caso dos esportes, no meio ambiente, em meio aos animais, e, é claro, sem deixar de mencionar tipos de violência encontrados do meio familiar, como o caso da violência contra as mulheres.








Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes - De acordo com o Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, o dia 18 de Maio vem sendo promovido como o dia Nacional da conscientização em torno desse importante tema, que afeta milhares de crianças e adolescentes em todo o mundo, segundo dados pesquisas recentes. A data marca um triste episódio ocorrido há cerca de 40 anos atrás. Uma criança de 8 anos chamada Araceli Cabrera Sanches, foi covardemente drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. Ainda segundo o site do Comitê, muita gente acompanhou o desenrolar do caso, porém sem que houvesse denuncias necessárias para promover a prisão dos envolvidos no crime. Em 2010, foi criada a Lei  9.970, que no seu artigo primeiro, institui o Dia 18 de Maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil. Para ter acesso a maiores informações sobre essa data, clique aqui.

Semana de Prevenção à Violência

SEMANA DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA



O último dia 18 de Maio marcou o dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Neste ano, o CEEPA aproveitou a data para promover uma semana de reflexão em torno do tema da violência em geral. Orientados pela direção do Colégio, os professores promoveram debates nas salas de aula, bem como a produção de textos e cartazes sobre o tema. Além de abordar a questão da exploração sexual de crianças e adolescentes, os alunos também foram convidados a refletir sobre quais são os tipos de violência mais frequentes na nossa sociedade atual.

...e confira abaixo o recorte de alguns textos selecionados na aula de Língua Portuguesa, no 1º Ano B, após o debate realizado pela turma.

Violência Psicológica - A violência psicológica é expressa por meio de palavras ofensivas, vindas do agressor. Por meio desta violência encontram-se casos de suicídios, pode estar presente em outros tipos como no bullyng, violência racial e outros.
 Murilo Antonio Macieski

Violência verbal - Violência verbal é algo que acontece muito dentro de casas de família do Brasil e no mundo inteiro; são pais que maltratam seus filhos verbalmente, falam palavrões, etc. Com isso, as crianças se sentem excluídas e tendem a se afastar de seus pais; alguns, infelizmente, rumo as ruas e as drogas.
Matheus Bernardo de Lima

Violência contra a mulher - Muitas mulheres, no país inteiro, sofrem de violência. Mulher, não fique quieta! Denuncie, procure seus direitos.
José Gabriel

Violência contra idoso - Violência contra pessoas idosas é uma falta de respeito no Brasil que é possível ver em todos os lugares: nos ônibus, ruas e ate na sua própria casa. Por que o povo de hoje não respeita como antes.
Darlan Alencar

Bullyng
- O bullyng é inadmissível, nas escolas, nas ruas, e entre os familiares. Ele pode causar problemas psicológicos e até levar a depressão profunda. O bullyng pode passar por brincadeiras, apelidos, nas redes sócias ou até em rodinhas com amigos; se você sofre com isso procure ajuda!
Maryana  Leticia

- Bullyng é um dos piores tipos de violência porque as palavras têm mais forças do que um soco; porque a palavra vai ficar remoendo por dentro, por toda a vida. Então tenha consciência e não maltrate as pessoas com palavras. Vai fazer bem para você e para a pessoa.
Erika Thomé Pink

Violência nas escolas
- É  muito importante conversar e orientar os alunos sobre a violência, pois há muita indisciplina e conflito dentro e fora da sala de aula. Além disso, os jovens estão mais violentos a cada dia aumentando as brigas e até mesmo os índice de mortalidade. E o que é pior: muitas vezes, por motivos banais.
Carina P. de Oliveira

- “Violência é algo que tem sido muito frequente. Devemos passar informações, conscientizar pessoas que sofrem violência a denunciar os crimes cometidos.”
Amanda Rufino

- A violência é um assunto que deve sempre ser abordado no meio escolar, pois é nesse ambiente que acontecem vários tipos de violências. Bullyng, descriminação, violência corporal e vários outros. Esses fatores deixam marcas psicológicas e corporais, gerando trauma nos envolvidos.
Viviane Carla de Paula

- A violência nas escolas ocorre normalmente de duas maneiras: verbal e física, então não deixe isso virar habito, converse com seus pais e e professores mas não fique em violência, denuncie.
Lucas Camargo Crocolli

Racismo - O racismo ocorre quando pessoas pensam que são melhores que as outras. Ocorrem principalmente com pessoas de outras raças. Não deixe barato! DENUNCIE!
Welington Fernando E. Santos
 
Violência Virtual - A violência virtual vem se agravando a  cada segundo! Lendo um jornal, presenciei uma situação em que um homem usava um site da internet para seduzir meninas de nove anos para abusá-las. Quando os pais descobriam era tarde de mais.
Matheus Simon

Violência contra crianças - Muitas famílias forçam seus filhos a trabalhar,tanto em casa quanto na rua. Eles não conseguem estudar, pois seus pais os prendem ao serviço. Além disso muitos pais batem frequentemente  em seus filhos e alguns ainda cometem violência contra eles. Isso deve parar.
Vinicius Tomé Figueiredo Gomes


Escola é um lugar feito para estudar e não para brigas. Quem gosta de briga não deve estar no colégio e sim na rua. Escola é feita para se estudar e não brigar.
Antonio Henrique

É muito importante se falar de violência no ambiente escolar, pois os indivíduos se dão ao luxo de uma libertinagem onde cegam-se, não observando o respeito mutuo com os de mais. Isso esclarece a importância de se incentivar a conscientização de alunos e professores. Estimular cada vez mais a razão e minimizar o nosso instinto animal,alem de ensinar a convivência em sociedade.
João Vitor Souza

domingo, 5 de maio de 2013

Compostagem em Foco


         Um importante projeto na área de preservação ambiental vem sendo  desenvolvido no CEEPA de Campo Mourão.  O projeto foi tema de uma entrevista coletiva, feita pelos alunos do jornal Folha Agrícola ao professor Carlos Roberto Kramer Vieira. A entrevista aconteceu no dia 22 de abril de 2013, na sala onde acontecem as reuniões de preparação do jornal. 

         Compostagem, segundo o dicionário Houaiss, é a “reciclagem de lixo para uso como adubo agrícola.” No refeitório do colégio, já era comum separar o lixo orgânico do lixo reciclável. A novidade é que está em andamento, desde o início do ano, o projeto de compostagem de resíduos alimentares. Tais resíduos serão transformados em adubo, que será utilizado no cultivo da horta da instituição. O projeto é iniciativa do professor Carlos Roberto Kramer Vieira, concluinte do PDE – Projeto de Desenvolvimento da Educação - em 2012.

         Para conhecer mais detalhes dessa ação e repassar informações à Comunidade Escolar, os alunos da redação desta Folha Agrícola reuniram-se no dia 22 de Abril para entrevistar o professor Roberto.  Durante os trinta minutos de um bate papo descontraído, os alunos ouviram atentamente às respostas de suas perguntas, que haviam sido elaboradas previamente. Nesta publicação, segue o vídeo com a entrevista na íntegra e as perguntas feitas ao professor.

Compostagem em Foco - 1ª parte da entrevista

Folha Agrícola: Por que o senhor escolheu a compostagem como tema do projeto?
Carlos Roberto: A ideia surgiu quando estava no refeitório e comecei a observar os alunos jogando fora os seus restos de comida. Percebi que isso poderia ter uma finalidade educativa. Havíamos tentado realizar a compostagem anteriormente, porém, da maneira errada. Isso porque o local era frequentado por animais, que descobriam e remexiam o lixo, estragando o projeto. Desta vez, estamos utilizando uma maneira que acreditamos ser correta. Eu levei o meu projeto para a orientadora do PDE, ela aprovou, estamos com ele em andamento.

FA: Quais os benefícios que a compostagem pode trazer, na sua opinião?
CR: Um dos benefícios que a compostagem pode trazer é ter uma própria fonte de  adubos orgânicos. Da mesma forma que se utiliza os resíduos dos estercos bovinos, podemos, também, obter o adubo a partir de vegetais decompostos. Essa matéria orgânica será utilizada na produção de hortaliças para a horta do colégio. Outro benefício que podemos destacar é em relação ao aterro sanitário do município. Precisamos conscientizar a população de que todo aterro sanitário tem uma via útil, ou seja, ele é construído para ser utilizado em um determinado período de tempo. A reciclagem tem o poder de dar um fôlego maior ao aterro e preservar a sua vida útil. E, por fim, é claro que queremos preservar o nosso meio ambiente, de forma geral. Devemos ter mais cuidado para  não o agredirmos da forma que está sendo agredido. Esses são os principais benefícios que a compostagem vai nos trazer, mas é claro que se for realizado com sucesso pode trazer muitos outros.

FA: Professor, o que é necessário para que o projeto dê certo?
CR: Eu costumo dizer que mesmo se eu não tiver um quilo de alimento para compostar, o projeto já terá sido um sucesso. Porque isso irá revelar a conscientização dos alunos em combater o desperdício de alimentos.

FA: Gostaria que o senhor nos dissesse quanto tempo e de que modo se faz a compostagem?
CR: O tempo necessário para implantar a compostagem é de 75 à 90 dias. Para sua realização, foi construído um tanque de concreto com depósito para o chorume (líquido de cor escura e poluente para a natureza). As camadas do composto são intercaladas entre palha e resíduo  orgânico, e a temperatura é monitorada para que não haja danos às minhocas, que são importantes na decomposição dos resíduos. E o local é protegido por uma cerca para evitar que os animais domésticos entrem e possam estragar a montagem.

FA: Professor, em relação ao PDE, como os professores repassam as informações adquiridas no curso para os alunos?
CR: No nosso caso, as informações obtidas no período do curso estão repassadas aos alunos por meio desse projeto. De modo geral, os conteúdos teóricos são repassados aos professores por meio de grupos de estudo. Atualmente, muitos professores da rede pública estadual estão realizando cursos de formação com os professores que já concluíram o PDE. Dessa forma, é possível trazer inovações para a educação e despertar mais o interesse dos alunos.

Compostagem em Foco - 2ª parte da entrevista

FA: Com relação à escolha da compostagem, é uma opção sua ou do PDE? E como foi a experiência do senhor em ficar esse tempo de um ano estudando e participando do PDE?
CR: Cada professor PDE escolhe o seu tema, juntamente com o seu orientador. No meu caso, vi que essa temática viria a ajudar muito na formação dos alunos, com a conscientização em torno da preservação ambiental. Além disso, o projeto irá trazer benefícios ao Colégio, a partir do momento em que começarmos a utilizar o adubo produzido aqui mesmo por nós. Isso irá reduzir os custos com o plantio das hortaliças. O PDE tem um papel muito importante na formação dos educadores. Esse projeto me proporcionou o contato com o os principais teóricos da educação, além de poder conhecer e estudar os grandes filósofos da humanidade. Acredito que tenha sido de grande importância para a minha carreira profissional, tanto pelo ganho financeiro como pela bagagem cultural.

FA: Porque o senhor quis seguir a profissão de agrônomo? E o que o levou a se tornar professor?
CR: Eu quis, primeiramente, ser Agrônomo. Porque tenho muita afinidade com a terra e com as plantas. Desde pequeno, cresci na terra, perto da lavoura, influenciado e tomado pela natureza. Como diz o ditado ''Quem nasceu pra ser tatu, morre cavucando”. Depois de muitos anos nessa carreira, com a oportunidade de fazer o concurso para trabalhar no Colégio Agrícola, eu fiz as provas, passei, e comecei a dar aulas. Nunca mais parei de lecionar, e pretendo encerrar a carreira como professor.