C.E.E.P.Agrícola de Campo Mourão.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Lodo de esgoto é utilizado como fertilizante no CEEPA



Lodo de esgoto é utilizado como fertilizante no CEEPA
 FOLHA AGRÍCOLA DE CAMPO MOURÃO[i]
No início do mês de Maio, o Colégio Agrícola recebeu 480 toneladas de lodo de esgoto, provenientes da estação de tratamento da SANEPAR, que foram distribuídos em 20 alqueires da área de agricultura da instituição de ensino. Nesta terça-feira – 20/05 -, os alunos do projeto Leitura e Literatura receberam a visita de Cirço Machado, responsável pelo setor de indústria da empresa de saneamento, para uma conversa sobre essa importante atividade de reciclagem agrícola

O lodo de esgoto tem sido usado como adubo orgânico há cerca de 20 anos no Paraná, conforme reportagem do Jornal Folha de São Paulo[ii]. Em 2014, o Colégio Agrícola de Campo Mourão vem utilizando o material como fertilizante nos 20 alqueires de sua área de plantação, graças a uma parceria com a Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR.
            Para falar sobre essa ação, convidamos o técnico químico e eletrotécnico do setor de indústria da empresa para participar de uma entrevista com os alunos. Participaram da conversa o professor Renato Nascimento, de Língua Portuguesa, o professor engenheiro agrônomo do Colégio, Carlos Roberto Kramer Vieira, e a professora zootecnista Adriana Trojan Fenerich, que é diretora da Unidade Didático Produtiva – UDP – da instituição.
            Primeiramente, o palestrante expôs aos alunos e professores como funciona o processo de tratamento de esgoto, desde a coleta até a destinação final da água, que vai para os rios 119 e rio do Campo. Em seguida, seguiu-se ao momento das perguntas feitas pelos alunos, que demonstraram um grande interesse em conhecer os detalhes do procedimento.

COLETA E TRATAMENTO
Duas estações de tratamento de esgoto fazem a coleta de 85% do total de esgoto produzido em Campo Mourão. A meta da SANEPAR é coletar 100% de todo o esgoto mourãoense dentro de um período de 05 anos. O processo de tratamento, segundo Machado, ocorre de forma natural. As bactérias presentes no esgoto o consomem, formando, a partir de seus dejetos, um lodo que passa por um processo de secagem durante 30 dias. “Nesse período, o sol mata as bactérias, sendo que aquelas que ainda sobrevivem acabam sendo destruídas pelo cal virgem, que é adicionado ao composto, na proporção de 30%”, acrescenta ele.
A colocação do cal virgem faz o local atingir um PH 14, e uma temperatura de 80º graus, suficiente para matar todas as bactérias. Para comprovar a segurança desse sistema, são realizadas análises laboratoriais no Brasil pela própria SANEPAR, pelo IAP e IBAMA, além de uma análise feita em laboratório na Alemanha. O gás metano, presente nos detritos, é queimado, para não causar danos à camada de ozônio. Também são retirados todo e qualquer metal presente nessa substância, para que ela não prejudique o solo quando da sua utilização como adubo.

BENEFÍCIOS
Segundo o professor Carlos Roberto Kramer Vieira, engenheiro agrônomo do Colégio Agrícola, são muitos os benefícios do aproveitamento do lodo de esgoto para a agricultura. Entre eles, ele destaca a solubilização dos nutrientes mais difíceis nos radicais do solo, manter o local mais úmido e mais poroso, promovendo uma maior infiltração. Além disso, todo o material é gratuito, sendo que trata-se de um fertilizante biológico, proveniente de matéria orgânica. Ainda segundo o engenheiro agrônomo, a instituição deverá se beneficiar muito com o aumento de produtividade na lavoura, o que será observado ao longo dos próximos anos.

PARCERIAS
Durante o bate papo com os alunos, a diretora da UDP ressaltou a colaboração de dois produtores rurais vizinhos do Colégio, o sr. Jamie Niestke e o sr. João Mignoso, que emprestaram, respectivamente, o trator com a concha e a calcareadeira utilizadas na distribuição do lodo no Colégio.


[i]     Colaboradores desta matéria: Alunos: João Arthur Raso, 3ºA, Paulo de J. Pinto, Everton Carrenho e Isaías Luis Leal, 3°B,  Leandro C. Dias e Ermes Martinazzo, 1°B, Wellington Ap. Raimundo, 1°A;
[ii]    Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/10/10/agrofolha/9.html acesso em 22 de Maio de 2014.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Calouros em visita ao MUDI



Calouros em visita ao MUDI
Alunos do 1°A e 1°B do Colégio Agrícola conheceram o Museu Dinâmico Interdisciplinar da UEM e a produção de vinhos em Marialva, durante visita técnica

         No dia 14 de Maio, os alunos do 1ºA e 1°B do CEEPA estiveram em visita  ao MUDI – Museu Dinâmico Interdisciplinar – da Universidade Estadual de Maringá e conhecendo um pouco mais sobre a viticultura em Marialva. Os estudantes foram acompanhados pelos professores Sergio Izeli, Edson Guimarães Neto, Lays Rodrigues, e a pedagoga Silzete Felizardo. “Nos encontramos às 6:30 da manhã no terminal rodoviário de Campo Mourão”, disse o aluno Ermes Martinazzo, do 1º B. Ele conta que os visitantes chegaram ao MUDI por volta das 8:30 da manhã, sendo divididos em três grupos: vermelho, verde e amarelo.
        O ponto alto do passeio pelo museu, segundo Ermes, foi quando eles viram um cadáver que estava na sala de exposição de anatomia humana. Também viram uma importante exposição de orquídeas, onde foi falado a respeito da reprodução e do projeto de disseminação dessas plantas no estado do Paraná. Após o almoço, no Shopping Catuaí, seguiram para Marialva, onde conheceram a fabricação de vinhos da COAVITI - Cooperativa Agroindustrial dos Viticultores - da cidade. Ao terminarem a excursão à fábrica, os agricolinos  estiveram presentes em uma plantação de uva, aonde puderam conversar com o produtor sobre o processo de formação e cultivo dos parreirais.
        Para a pedagoga Silzete Felizardo, o passeio promoveu o aprofundamento de diversos conhecimentos trabalhados em sala de aula, de uma forma dinâmica e divertida. Na opinião dela, a a ação vem “fortalecer a apropriação dos conteúdos e valorizar o que é aprendido nesse espaço, uma vez que a formação do aluno se dá de forma global e integrada, e não um sequencial pragmático de conteúdos sequencialmente trabalhados” disse à redação da FOLHA.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Aulas Práticas: Casqueamento



Começaram, no dia 06 de Maio, as aulas práticas envolvendo o casqueamento de bovinos. A atividade faz parte da disciplina de Produção Animal e foi realizada com as turmas do 3A e 3B do colégio, coordenada pela zootecnista e professora Taimara Bernardi Morilha Teles. Segundo ela, os problemas de cascos estão entre os maiores motivos de descarte de vacas em rebanhos leiteiros, afetando diretamente a produção de leite e a reprodução dos animais.

         O casqueamento preventivo é um manejo que permite, por meio do aparo funcional dos cascos, restabelecer os aprumos e a distribuição do peso entre as unhas, além do tratamento de lesões em estágio inicial. Esse processo, segundo a professora, é semelhante ao que fazemos com as nossas unhas, isto é, aparar, tirar o excesso. A diferença é que, no caso dos animais, a não realização do casqueamento pode trazer prejuízos à sanidade dos mesmos, pelo fato de não conseguirem se locomover adequadamente no pasto, dificultando a sua alimentação. Outro benefício dessa ação é dar condições ao macho de realizar corretamente a monta, durante a reprodução.
         Para a execução dessa prática no Colégio, foi feita uma parceria com o Frigorífico Estrela, que doou as peças nas quais os alunos fizeram o casqueamento. Segundo a professora responsável pela disciplina de produção animal, é necessário que os estudantes treinem, primeiro, nas peças. Isso porque o mau casqueamento poderia resultar em danos aos animais. Após o treinamento com as peças, porém, eles estarão aptos a fazer isso nas vacas que compõem o rebanho do setor de bovinocultura de leite do estabelecimento de ensino e, futuramente, em seus locais de trabalho como técnicos agropecuários.